sábado, 15 de novembro de 2008

Foi na Quinta do Rio...


Hà algum tempo atrás fomos animar um casamento ali para os lados do norte do país, mais concretamente para a Quinta do Rio, em Vila das Aves. Foi num Domingo. Para nós, que estamos a trabalhar no santo dia da semana, e no dia seguinte iremos estar novamente a trabalhar nos termos das "9 às 6 da tarde" apenas com metade de meia dúzia de horas de sono, custa sempre um pouco. Porém, nesse domingo, a história foi outra. Poderíamos ter de lá saido às sete da manhã, apenas com tempo de tirar a "roupa de artista" do corpo, substituindo-a pela rotineira "pele" da semana (já a caminho do nosso trabalho "a sério"), que não nos importavamos muito. O dinheiro é, sem dúvida, um motivador forte para fazermos aquilo que fazemos; Mas, no principio desta brincadeira toda (hà cerca de quinze anos atrás), faziamo-lo apenas por vaidade e por orgulho, lembrando-nos a todo o instante o quanto era porreiro ser-mos músicos de casamentos com apenas quatorze e quinze anos de idade, e que o dinheiro que ganhavamos com isso era um apenas um bónus secundário. Neste Domingo, essa sensação rara de que "era capaz de fazer outro casamento igual a este de graça..." voltou. O nosso muito Obrigado aos noivos Hugo e Liliana. Felicidades para vocês!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O nosso futuro, tem futuro...


Pensámos que todos os músicos, ou quase todos, sentem o mesmo. Não se pode dizer que são nervos, ou que é medo. É outra coisa... é aquela sensação na barriga de que tanto falam, mas nunca ninguém soube explicar exactamente o que é. Só podemos afirmar o seguinte "É boa", e existem poucas coisas a que se lhe compare. Confessamos que é preciso ser um pouco egocêntrico, se calhar uma palavra forte para o descrever, mas é-o na realidade, para ter esta coragem: Cantar. Cantar, e tentar encantar se possível. Gostamos de ouvir a nossa própria voz amplificada pelas orgulhosas colunas de som, que escolhidas a dedo como merecedoras desse tão grande previlégio, fazem dos seus altifalantes os nossos lábios. Adorámos ver o movimento da dança provocado pela força dos nossos dedos, o coro dos que cantam, incentivado pela força da nossa voz, enfim, toda a alegria que é gerada, em muito, pela nossa presença. Enquanto esta sensação, que já nos dura hà quinze anos, de puro egocêntrismo, de egoismo, da "mania que são bons" nos acompanhar, o nosso futuro em palco tem futuro...